Tem 2 dias em Lisboa? Então este roteiro é perfeito para você, que quer conhecer o melhor de Lisboa em apenas 48 horas.

Embora seja um pouco corrido conhecer Lisboa em 2 dias, nós criamos um roteiro (passo a passo) com dicas para você aproveitar ao máximo este tempo em Lisboa!

Sugerimos que você tente se hospedar no centro histórico da cidade, em regiões como o Rossio ou o Chiado, para economizar algum tempo nos deslocamentos, já que muitas atrações ficam perto destas regiões.

O que você encontra neste roteiro

Atrações do Dia 1

Manhã: Parque Eduardo VII | Praça do Marquês de Pombal | Avenida da Liberdade | Praça dos Restauradores | Ascensor da Glória | Miradouro de São Pedro de Alcântara | Igreja de São Roque | Praça Luís de Camões | Café A Brasileira e estátua do poeta Fernando Pessoa | Livraria Bertrand | Museu Arqueológico do Carmo | Elevador de Santa Justa | Armazéns do Chiado | gelataria Santini | Praça D. Pedro IV |

Tarde: Estação Ferroviária do Rossio | Igreja de São Domingos | A Ginginha | Praça da Figueira | Confeitaria Nacional | Castelo de São Jorge | Mural de Amália Rodrigues | Largo das Portas do Sol | Miradouro de Santa Luzia | Sé de Lisboa | Igreja de Santo Antônio | Casa dos Bicos | Praça do Comércio e Cais das Colunas | Rua Augusta e Arco da Rua Augusta

Atrações do Dia 2

Manhã: Mercado da Ribeira | Mosteiro dos Jerônimos | Jardim da Praça do Império | Padrão dos Descobrimentos | Torre de Belém | Pastéis de Belém | Museu Nacional dos Coches |

Tarde: Estação Ferroviária do Oriente | Centro Vasco da Gama | Pavilhão Atlântico | Casino Lisboa | Ponte Vasco da Gama | Teleférico do Parque das Nações | Pavilhão de Portugal | Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva | Oceanário de Lisboa

Roteiro em Lisboa – Dia 1

No primeiro dia você irá conhecer as principais atrações do centro histórico de Lisboa, percorrendo regiões tradicionais como a Baixa, Chiado, Rossio, Bairro Alto e Alfama. Os pontos do mapa numerados em azul fazem parte do roteiro da manhã, enquanto os pontos numerados em laranja fazem parte do percurso da tarde.

Os pontos em lilás são sugestões de alimentação e os pontos (estrelas) em amarelo são opcionais, caso você queira visitar alguns pontos adicionais.

• Manhã do dia 1

Ponto de partida: Miradouro do Parque Eduardo VII
Distância: 4 km
Duração: 4 h

Nossa manhã começa no topo do Parque Eduardo VII, de onde você terá uma vista incrível de Lisboa. Nos dias claros, é possível ver o Castelo de São Jorge, o Rio Tejo e até a outra margem do Rio.

O Parque foi nomeado em homenagem ao Rei Eduardo VII da Inglaterra, que visitou Lisboa em 1903 para renovar a aliança entre os dois países. No topo do Parque está um monumento ao 25 de Abril, dia que marcou o fim da ditadura em Portugal em 1974.

Desça o Parque até a Praça do Marquês de Pombal, que honra o grande responsável pela reconstrução da cidade após o terremoto que devastou Lisboa em 1755. Por causa do Marquês de Pombal, a Baixa de Lisboa também é conhecida como Baixa Pombalina. Planejada em padrões muito modernos para a época, a Baixa foi um dos primeiros exemplos de planejamento urbano na Europa.

Desça em direção à Baixa pela elegante Avenida da Liberdade, que tem inspirações na parisiense Champs-Elysées. A Avenida da Liberdade é uma das principais artérias da cidade e também é um destino para compras de luxo. Lá você encontrará lojas como a Prada e Louis Vuitton, entre outras.

No final da Avenida da Liberdade está a Praça dos Restauradores, com um obelisco que recorda os que lutaram na Guerra da Restauração, que levou a libertação de Portugal do domínio espanhol, em 1640.

Neste ponto vire à direita e suba a Calçada da Glória, por onde passa o Ascensor da Glória, um dos históricos ascensores de Lisboa. O trajeto leva cerca de 5 min a pé (250 metros), mas é bastante íngreme.

Se quiser poupar o fôlego, suba de ascensor até o topo da rua. A dica é usar o cartão Viva Viagem (o mesmo do metrô) – será descontada uma viagem do seu cartão (1,45 €), que custa muito menos que a tarifa de bordo (3,70 €).

Ao chegar ao topo da rua, você verá o Miradouro de São Pedro de Alcântara, um dos miradouros mais populares de Lisboa, que fica em pleno Bairro Alto. Aproveite para caminhar um pouco pelas ruelas do Bairro Alto, um dos bairros mais tradicionais de Lisboa e o centro da vida noturna lisboeta.

Desça pela Rua da Misericórdia até a Igreja de São Roque, fundada no século 16. Embora ela tenha uma fachada simples, o interior é fabuloso! A visita a área da Igreja é livre e o destaque no interior é a Capela de São João Batista. Ornamentada com mármores preciosos, ouro, prata e ricos mosaicos, ela foi construída em Roma e abençoada pelo Papa, desmontada e enviada para Lisboa em três navios!

Siga descendo e você chegará a Praça Luís de Camões, em homenagem ao autor da famosa epopeia de Portugal, Os Lusíadas. Se já estiver batendo uma fome, aproveite para ir até a A Manteigaria – Fábrica de Pastéis de Nata e prove um dos melhores pastéis de nata da cidade. A loja fica na Rua do Loreto, nº 2. Vale a pena provar!

Da Praça Luís de Camões, siga pela Rua Garret e você verá dois pontos importantes: O café A Brasileira e a estátua do poeta português Fernando Pessoa.

O famoso café, fundado em 1905, foi o ponto de encontro de escritores, intelectuais e artistas, como Fernando Pessoa e Almada Negreiros. A decoração interior chama a atenção! Já do lado de fora, a estátua de Fernando Pessoa homenageia o poeta, que foi cliente assíduo do café (não perca a foto com ele!).

Continue descendo a Rua Garret e você irá passar pela Livraria Bertrand, a livraria mais antiga do mundo em atividade, que está no Guinness World Record.

Continue a descer e vire na próxima rua à esquerda (Calçada do Sacramento), seguindo até o Museu Arqueológico do Carmo. Este pequeno museu fica nas ruínas da Igreja do Carmo, cujo teto desabou com o terremoto de 1755 e é um lugar bem legal para descobrir mais sobre a história da cidade.

Do lado direito da Igreja existe uma pequena rua, siga por ela até o Elevador de Santa Justa (você irá atravessar um bar). Daqui você terá acesso a plataforma de nível intermediário do Elevador e a uma vista deslumbrante de Lisboa, sem pagar nada!

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Com mais de 100 anos, o Elevador de Santa Justa é uma das atrações mais pitorescas de Lisboa e é feito em ferro, decorado com filigrana.

A obra é do engenheiro português Raul Mesnier de Ponsard, que dizem ter sido um discípulo de Gustave Eiffel, responsável pela Torre em Paris (mas esta é uma questão controversa!). A seguir você passará pela base do Elevador e se quiser pode aproveitar para fazer o trajeto até o topo, de elevador.

Retorne pela Calçada do Sacramento e siga até os Armazéns do Chiado. Aqui funcionava um elegante espaço comercial, que foi destruído num Incêndio em 1988. Hoje, no prédio reabilitado funciona um centro comercial moderno.

Quase em frente fica a gelataria Santini, a mais tradicional da cidade, que existe desde 1949. Os sabores de frutas locais, que variam ao longo do ano, são a nossa sugestão!

Desça pela Rua do Carmo e você logo verá a base do Elevador de Santa Justa. Se quiser subir, esta é a hora! Caso contrário, siga até a Praça D. Pedro IV (o nosso D. Pedro I do Brasil), também conhecida como Rossio. Esta é uma das praças principais e mais movimentadas de Lisboa e tem vários cafés emblemáticos, como o Nicola. No fundo da praça fica o Teatro Nacional D. Maria II, que foi filha de D. Pedro.

• Almoço do dia 1

Nossa dica para o almoço é o Restaurante A Licorista O Bacalhoeiro. Para nós, este restaurante serve o melhor bacalhau do centro histórico de Lisboa, por um preço justo. Ele era também um local frequentado pelo poeta Fernando Pessoa. O restaurante fica na Rua dos Sapateiros, nº 218 (são 2 min a pé do Rossio).

• Tarde do dia 1

Ponto de partida: Estação Ferroviária do Rossio
Distância: 4 km
Duração: 4 h

A Estação Ferroviária do Rossio foi inaugurada em 1980. Em estilo neomanuelino, ela tem dois arcos em forma de ferradura na fachada. É daqui que partem os trens para Sintra.

Siga para a Igreja de São Domingos, uma igreja muito particular que passou por duas catástrofes: o terremoto de 1755 e um grande incêndio em 1954.

O seu interior, que não foi totalmente restaurado após o incêndio, é impressionante. A visita é gratuita. Na frente da Igreja fica A Ginginha, uma taberna de 1840, onde você pode experimentar o famoso licor português conhecido como ginginha, feito de uma fruta parecida com a cereja.

Vá até a Praça da Figueira, que no plano de reconstrução do Marquês de Pombal foi projetada para ser o mercado principal da cidade. Hoje funcionam aqui muitos cafés, hotéis e lojas. A estátua no centro é de D. João I. Nesta Praça fica a Confeitaria Nacional, a confeitaria mais antiga de Lisboa, com quase 190 anos.

Para ir daqui até o Castelo, você tem duas opções:

• Pegue o ônibus nº 737 na Praça da Figueira e ele deixa você na porta do Castelo.
• A nossa opção – Siga pela Rua da Madalena até o Elevador do Castelo (gratuito), que fica junto ao supermercado Pingo Doce e liga a Baixa até a Costa do Castelo. Depois é só seguir caminhando até a entrada do castelo (cerca de 5 min).

Siga para a bilheteria do Castelo de São Jorge e se tiver fila, não se preocupe, ela anda bem rápido. O Castelo de São Jorge é um dos monumentos mais visitados de Portugal e é uma visita interessante para entender melhor a história da cidade.

Você poderá percorrer as muralhas desta fortificação, além de ter vistas únicas de Lisboa. Para saber mais sobre a história do Castelo e como é a visita, leia o texto que preparamos.

Ao sair do Arco do Castelo, siga para o Mural de Amália Rodrigues (o trajeto está indicado no mapa). O rosto em calçada portuguesa foi criado pelo artista urbano Vhils, em colaboração com os calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa. O mural fica em pleno bairro de Alfama e é um tributo à maior fadista portuguesa.

☛ Recomendado: Economize em Lisboa com o Lisboa Card, o passe turístico oficial da cidade.

Desça pela Rua de São Tome até o Largo das Portas do Sol. A vista daqui é um verdadeiro cartão postal! Descanse no quiosque ou na esplanada no terraço inferior. Você verá aí uma estátua de São Vicente, o padroeiro oficial de Lisboa (Santo Antônio é um padroeiro de eleição do povo) com os símbolos da cidade, uma barca com dois corvos.

Siga até outro importante miradouro de Lisboa: o Miradouro de Santa Luzia, de onde você também terá vistas sobre os telhados de Alfama e verá bonitos painéis de azulejo.

Continue até a Sé de Lisboa. Construída sobre uma antiga mesquita muçulmana após a reconquista de Lisboa, em 1147. Ela foi devastada por três terremotos e passou por várias reformas ao longo dos séculos e por isso mistura vários estilos arquitetônicos. Na capela que fica à esquerda da entrada da Igreja está a pia batismal na qual Santo Antônio terá sido batizado.

Perto da Sé está a Igreja de Santo Antônio, no lugar onde se acredita que ficava a casa onde ele nasceu. Embora conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter pregado nesta cidade, o santo nasceu aqui em Lisboa. Visite a cripta que fica à esquerda, que foi o que restou da Igreja destruída em 1755. A reconstrução da Igreja foi em parte financiada por doações recolhidas pelos devotos.

Acompanhe o trajeto no mapa até a Casa dos Bicos. Construída em 1523, com uma fachada única para os padrões lisboetas.

O proprietário terá tido a inspiração numa viagem à Itália, onde terá visto fachadas do gênero. Os dois andares superiores foram destruídos em 1755 e o edifício, que já serviu de armazém e para o comércio de bacalhau, foi posteriormente reconstruído com os pisos superiores. É aqui que fica a Fundação José Saramago.

Siga junto ao rio até a Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço,  é uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m².

O Palácio Real funcionou aqui por mais de 200 anos e foi totalmente destruído com o terremoto de 1755. A estátua no centro é de D. José I, o rei na época do terremoto. Após a catástrofe, ele terá adquirido uma fobia a edifícios de pedra e cal, passando a viver num luxuoso complexo de madeira, que ficou conhecido como a “Real Barraca”.

Os degraus de mármore do Cais das Colunas, junto ao rio, já foram a entrada nobre da cidade, onde desembarcavam figuras importantes, como a Rainha Isabel II da Inglaterra. A enorme ponte que você verá aqui é a Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa à cidade de Almada e foi inspirada na Golden Gate, de São Francisco. Ela se chamava Ponte Salazar e foi construída durante a ditadura. Com o fim da ditadura ela mudou de nome, para comemorar a data na qual foi restaurada a democracia no país, em 1974.

No lado oposto está o majestoso Arco da Rua Augusta, que simboliza uma porta de entrada para a Baixa de Lisboa.

Planejado em 1759, junto com as obras de reconstrução da Baixa, tem no topo esculturas representando a Glória coroando o Gênio e o Valor e as inscrições em latim enaltecem os heróis portugueses da época dos descobrimentos.

As demais estátuas representam ilustres personalidades portuguesas, tais como Vasco da Gama e o Marquês de Pombal. Siga caminhando pela Rua Augusta, a principal rua turística da cidade, que é ladeada por lojas, cafés e restaurantes.

E que tal completar o passeio conhecendo a noite lisboeta? Nossa recomendação é o Bairro Alto, onde você encontra diversas opções de bares!

Roteiro em Lisboa – dia 2

No segundo dia, pela manhã, você irá conhecer a região de Belém, onde estão algumas das principais atrações de Lisboa. Durante a tarde, você irá visitar a região mais moderna de Lisboa: o Parque das Nações. É lá que está o Oceanário de Lisboa, eleito o melhor aquário do mundo!

• Manhã do dia 2

Ponto de partida: Estação Cais do Sodré
Distância: 4,3 km
Duração: 5 h

Comece o dia visitando o tradicional Mercado da Ribeira, em frente a Estação Cais do Sodré. Nós adoramos visitar mercados locais e este é o principal de Lisboa, desde 1892. O Mercado da Ribeira passou a ser gerido em 2014 pela revista Time Out e foi renovado.

Você pode conhecer a área tradicional do mercado (com venda de peixe, frutas e legumes) e também um novo espaço, com lojas e uma grande variedade de restaurantes. Vale a pena conferir!

Retorne até a Estação Cais do Sodré para ir até Belém. Existem duas opções de transporte: o elétrico 15E (um elétrico moderno) ou o ônibus nº 728. Ambos passam por Belém e o trajeto leva de 20 a 30 min.

Chegando lá, desça na parada do Mosteiro dos Jerônimos (O elétrico para na sua frente e o ônibus na lateral).

O Mosteiro dos Jerônimos é um dos monumentos mais visitados de Portugal e também uma das Sete Maravilhas do país. Encomendado em 1501, após o retorno de Vasco da Gama das Índias, ele representa a glória marítima da época dos Descobrimentos.

A construção do Mosteiro dos Jerônimos foi em grande parte financiada pelo lucro do comércio de especiarias e ouro. Ele foi utilizado até 1834, quando as ordens religiosas foram extintas em Portugal.

A visita à Igreja de Santa Maria de Belém, junto ao Mosteiro, é gratuita. Nela estão os túmulos do navegador Vasco da Gama e do poeta Luís de Camões.

O ingresso para o Mosteiro dos Jerônimos custa 10 € (grátis com o Lisboa Card) e a visita leva cerca de 1:30 a 2:30, dependendo do seu ritmo.

Após, siga para o Jardim da Praça do Império, em frente ao Mosteiro. Este jardim tem diversos brasões, que representam os distritos portugueses, as ex-colônias e os arquipélagos.

Ele foi construído em 1940, para a Grande Exposição do Mundo Português. Ao lado do Jardim fica o Museu Coleção Berardo, de arte moderna e contemporânea. A visita custa 5 € (30% desconto com o Lisboa Card) e é gratuita aos sábados.

Siga até o Padrão dos Descobrimentos, na beira do Rio Tejo. Com a forma de uma caravela, ele homenageia a todos que contribuíram para a Era dos Descobrimentos em Portugal. Sua construção, em 1960, marcou os 500 anos da morte de D. Henrique, que aparece na proa do monumento com um caravela na mão.

D. Henrique, conhecido como o Navegador, foi o grande responsável pela expansão marítima de Portugal. Além dele, outras figuras ligadas aos Descobrimentos aparecem no monumento, como Pedro Álvares Cabral. Você pode subir os seus 56 metros e apreciar uma bela vista de Belém e do rio. A visita custa 5 € (30% de desconto com o Lisboa Card).

Na calçada em frente está uma enorme bússola, presente da África do Sul, cujo mapa mostra a rota dos descobridores nos séculos 15 e 16. Na outra margem do rio está o Cristo Rei, um monumento inspirado no Cristo Redentor do Rio de Janeiro.

Siga em direção à  Torre de Belém, que é considerada um marco da Era do Descobrimentos e também é uma das Sete Maravilhas de Portugal. Ela foi concluída em 1521 e ao longo dos séculos teve diferentes funções. Já foi torre de defesa, farol e até prisão. Foi também o ponto de partida dos navegadores para os Descobrimentos.

Visitar o interior da Torre leva cerca de 1h a 1h30, dependendo do seu ritmo. Se houver fila, principalmente nos finais de semana, pode demorar mais tempo. O ingresso custa 6 € (gratuito com o Lisboa Card).

Da Torre de Belém, volte todo o percurso e siga até os famosos Pastéis de Belém, uma das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa.

A receita destes deliciosos pastéis terá surgido no Mosteiro dos Jerônimos. Com a extinção das ordens religiosas no país, a receita saiu do Mosteiro e alguém terá começado a vender os pastéis em Belém. A receita se mantém igual até hoje e é secreta, apenas é conhecida pelos mestres pasteleiros que fazem os pastéis, na “Oficina do Segredo”.

Os Pastéis de Belém são os únicos que podem ser assim chamados. Todos os outros pastéis parecidos, que você encontra em Lisboa e até no Brasil, são conhecidos como “pastéis de nata”.

⭐ DICA DE OURO: Na entrada dos Pastéis de Belém você verá uma fila enorme! Não entre nesta fila – que é para comprar pastéis para levar. Basta entrar na loja e seguir para as salas interiores.

A sala mais ao fundo tem 400 lugares e mesmo que também tenha fila, é super rápida. O preço dos pastéis para levar ou comer na loja é o mesmo, portanto, vale a pena esperar e aproveitar para lanchar neste local histórico.

Após este lanchinho, pegue o ônibus 728 (Restelo – Portela) que passa em frente aos Pastéis de Belém e siga até o Parque das Nações. O trajeto leva cerca de 45 min.

• Tarde do dia 2

Ponto de partida: Estação Ferroviária do Oriente
Distância: 2 km
Duração: 4 h

A região do Parque das Nações foi construída para abrigar a Expo’98 (Exposição Mundial de 1998). A área industrial que existia no local foi revitalizada e quando a Expo acabou, nasceu um novo bairro. Esta é a região mais moderna de Lisboa e seus jardins e prédios contemporâneos contrastam com as ruelas da Lisboa histórica.

Você deve desembarcar do ônibus na Estação Ferroviária do Oriente, ou Gare do Oriente. Esta Estação é uma obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, (o mesmo responsável pelo Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro) e durante a noite ela fica ainda mais bonita! É daqui que partem trens para conhecer diversas cidades do país e também fora de Portugal.

Junto da Estação fica o Centro Vasco da Gama, que homenageia o descobridor do caminho marítimo para a Índia. Aqui funciona um dos centros comerciais mais populares da cidade, que tem o interior inspirado no mar. As torres laterais, que lembram dois barcos, são apartamentos.

Caminhe pela calçada junto ao rio (atrás do centro comercial), curtindo o clima agradável desta moderna região. O grande pavilhão atrás do centro comercial é o Pavilhão Atlântico (atualmente Altice Arena), onde acontecem concertos e eventos. Ao lado do Vasco da Gama fica o Casino Lisboa, que tem entrada gratuita (não é permitido entrar de chinelos, calções ou roupas esportivas).

Junto ao rio você verá a Ponte Vasco da Gama. Ela é a segunda maior ponte da Europa, com 17 km, e seu nome celebra os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia. Na sua inauguração foi servida uma mega-feijoada para mais de 15 mil pessoas, que está no Guiness World Records!

Você também pode fazer um passeio no teleférico do Parque das Nações (chamado Telecabine Lisboa) e apreciar uma vista diferente do Rio Tejo e do Parque das Nações.

O trajeto ida e volta custa 5,90 € (10% de desconto com o Lisboa Card). Nossa dica é comprar apenas o trajeto de ida (3,95 €) no Passeio das Tágides (Estação Norte, que fica perto do Myriad Hotel) e voltar a pé, curtindo as atrações desta bela região.

Você também verá o Pavilhão de Portugal, considerado uma obra prima de engenharia. Ele tem um enorme telhado reforçado de concreto, representando uma folha de papel suspensa em dois tijolos.

Já no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, funciona um moderno museu de ciência e tecnologia com atrações interativas – perfeito para a criançada!

Mas a principal atração do Parque das Nações é o Oceanário de Lisboa, considerado o melhor aquário do mundo pela Tripadvisor.

Com quatro aquários que recriam os ecossistemas dos diferentes oceanos, o Oceanário abriga uma grande diversidade de espécies. Para nós, o seu grande destaque é o gigantesco aquário central, onde diversos peixes convivem. A visita custa 15 € (5% de desconto com o Lisboa Card).

Hora de jantar? Temos duas sugestões:

• Se quer um prato local, experimente o restaurante D´Bacalhau, onde a grande estrela é o bacalhau.
• Você também pode comer numa das diversas opções de restaurantes da praça de alimentação do Centro Vasco da Gama.

Se você tiver mais tempo em Lisboa ou quiser alterar o roteiro, incluindo outras atrações, algumas sugestões são: Museu Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Arte antiga, Museu Nacional do Azulejo, Panteão Nacional, MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Museu Nacional dos Coches (com uma belíssima coleção de carruagens), diversos miradouros, entre outras atrações.

Esperamos que goste do roteiro e tenha uma boa estadia em Lisboa! (e quem sabe volte para conhecer muito mais! 😉)