Palácio Nacional da Ajuda: a última residência da família real

O Palácio Nacional da Ajuda foi a última residência oficial da família real portuguesa e é um local que impressiona, tanto pela sua monumentalidade como pela sua história.

O Palácio Nacional da Ajuda fica pertinho das principais atrações de Belém e é um local mágico, que nos faz viajar no tempo e que vale a pena estar no seu roteiro em Lisboa.

Palácio da Ajuda
A Sala do Trono do Palácio da Ajuda vai deixar você sem palavras!

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O Palácio Nacional da Ajuda

Quando o terremoto de 1755 destruiu o Paço da Ribeira, que ficava onde hoje é a Praça do Comércio e que abrigou a família real por mais de 200 anos, o Rei D. José I resolveu construir um novo palácio na região da Ajuda, que foi pouco afetada pelo tremor.

Dizem que com a tragédia o Rei adquiriu uma fobia aos prédios feitos de pedra. Assim, o inicialmente o Palácio da Ajuda foi feito em madeira – o que o tornou conhecido como a “Real Barraca”.

Palácio da Ajuda
O edifício atual do Palácio substituiu a Real Barraca, destruída em um incêndio.

Em 1761 a Real Barraca já era habitável, mas o pior que podia acontecer a um prédio de madeira acabou com este Palácio, que foi destruído por um incêndio em 1794.

O Palácio Nacional da Ajuda, surge após o terremoto de 1755 como a nova residência real, numa região poupada pela tragédia.

Assim, a construção do atual Palácio da Ajuda foi iniciada em 1796, desta vez usando pedra e cal.

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Contudo, o que nós vemos hoje no Palácio da Ajuda não representa o projeto inicial, que seria de um dos maiores palácios europeus, que nunca foi acabado.

A construção deste novo palácio, em estilo neoclássico, acabou sendo interrompida em 1807, quando a família real partiu para o Brasil para escapar das invasões francesas.

Palácio da Ajuda
As obras do Palácio da Ajuda foram marcadas por avanços e atrasos.

As obras foram retomadas em 1816, mas foram marcadas por avanços e atrasos.

Com a Independência do Brasil em 1822, uma das grandes fontes de financiamento do Palácio da Ajuda deixou de existir. Além disso, a guerra entre liberais e absolutistas em Portugal também afetou as obras.

Mesmo assim, em 1826 uma ala do Palácio da Ajuda já seria finalmente habitável. Entretanto, com a chegada da Rainha Dona Maria II ao trono, que fixou residência em outro palácio, o Palácio da Ajuda passou a ter um caráter secundário.

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A residência da família real

Com o Rei D. Luís e a Rainha Dona Maria Pia, a partir de 1862 o Palácio da Ajuda vive os seus anos dourados.

Foi só em 1862, quando o Rei D. Luís e a Rainha Dona Maria Pia se instalaram no Palácio da Ajuda, que ele teve verdadeiro papel de um Palácio Real. Para isso, foram realizadas as obras necessárias para o Palácio servir de residência da família real.

O Palácio da Ajuda foi então remodelado e foram criadas novas salas, como a Sala de Jantar usada diariamente pela família real, uma sala de estar (a Sala Azul) e salas de lazer, como a sala de música e a sala de bilhar.

Foi no tempo de D. Luís que o Palácio da Ajuda viveu seu anos dourados, com noites de festas, jantares e bailes.

Palácio da Ajuda
A sala de música é um dos destaques do Palácio da Ajuda.

O Rei D. Carlos I (que sucedeu D. Luís) e sua esposa, Dona Amélia, também viveram pouco tempo no Palácio da Ajuda. Ele foi reservado por eles para recepções oficiais, enquanto o Palácio das Necessidades foi escolhido como moradia.

Com a implantação da República em 1910, o Palácio da Ajuda foi a última residência oficial da família real, que partiu para exílio.

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Nesta época o Palácio da Ajuda não estaria ainda concluído, quando passou a fazer parte dos bens do Estado.

Em 1938 o Palácio da Ajuda volta a abrir as portas como um museu incrível, onde podemos imaginar como era a vida da realeza em Portugal. Além disso, o Palácio da Ajuda continua sendo usado nas cerimoniais oficiais do Estado!

Palácio da Ajuda
O Palácio da Ajuda foi a última residência da família real portuguesa.

Assim, o Palácio da Ajuda chega aos dias de hoje como uma obra inacabada. Entretanto, as obras para a sua conclusão foram retomadas e devem ser concluídas em 2020. O Palácio da Ajuda deve então passar a abrigar uma Exposição Permanente do Tesouro Real.

Destaques do Palácio da Ajuda

As diversas salas do Palácio da Ajuda são magníficas e permanecem como seriam no final da Monarquia.

O Palácio tem dois pisos: o piso térreo, onde estão os aposentos da família real, e o piso nobre, que era usado nas cerimônias de gala. Entre as diversas salas do Palácio da Ajuda, se destacam:

– Sala dos Grandes Jantares – este luxuoso salão foi palco dos maiores banquetes da Família Real e de episódios marcantes da vida na Corte, como o casamento do Rei D. Carlos I. Esta magnífica sala ainda é usada nos banquetes da Presidência da República.

Palácio da Ajuda
A magnífica Sala dos Grandes Banquetes ainda é usada em eventos da Presidência da República.

– Sala do Retrato da Rainha – destaque para as cadeiras com motivos marinhos, que pertenceram à nau que levou a família real para o Brasil em 1807, por conta das invasões francesas. Elas terão regressado para o Palácio da Ajuda com o Rei D. João VI, em 1821.

– Sala do Despacho – era onde o rei fazia o despacho de assuntos oficiais e onde se destacam as tapeçarias inspiradas na vida de Alexandre Magno.

Palácio da Ajuda
A Sala do Retrato da Rainha e a Sala do Despacho também marcam a visita.

– Sala do Trono – era aqui que acontecia a cerimônia de beija-mão, onde os súditos demonstravam sua lealdade ao rei.  Foi nesta sala que D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil) jurou a Carta Constitucional de 1826, com inspirações na Constituição do Brasil.

– Sala de Mármore – o alabastro das paredes foi um presente do vice-rei do Egito, para a sala que funcionava como um local de lazer e jardim de inverno.

Palácio da Ajuda
Algumas das salas nos mostram a influência de outras culturas no Palácio.

A coleção de relógios do Palácio da Ajuda também merece destaque na sua visita.

As 23 esculturas enormes do átrio também chamam a atenção e representam atributos, como a Generosidade a Gratidão. Elas foram feitas por escultores da renomada escola de Mafra.

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Na fachada do Palácio da Ajuda existe ainda um monumento em homenagem ao rei D. Carlos I, o penúltimo rei de Portugal.

Palácio da Ajuda
A elegante fachada do Palácio da Ajuda e as estátuas monumentais do átrio se destacam.

Como chegar no Palácio da Ajuda

Para quem está visitando outros monumentos da região de Belém, uma opção é ir caminhando. O trajeto leva 20 min a pé (1,7 km subindo).

Os ônibus 727 e 729, que passam em frente aos Pastéis de Belém, vão em direção ao Palácio da Ajuda.

Para quem vai para o Palácio da Ajuda a partir do centro histórico de Lisboa, a melhor opção é o ônibus 760. Esta linha passa pela Praça do Comércio e tem uma parada bem em frente do Palácio da Ajuda.

Quanto custa a visita

O ingresso do Palácio da Ajuda custa 5 €. Tem descontos para portadores do Cartão Jovem e para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos.

Entrada livre com o Lisboa Card. Para residentes em território nacional, a entrada é gratuita nos domingos até às 14 h.

O Palácio da Ajuda está fechado nas quartas-feiras. Veja informações atualizadas dos horários e funcionamento em feriados no site oficial: www.palacioajuda.gov.pt 


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