A Praça do Rossio é oficialmente chamada Praça D. Pedro IV, embora ainda seja mais conhecida pelo seu nome antigo.
A Praça do Rossio é uma das praças mais antigas e bonitas de Lisboa. Há mais de seis séculos ela tem sido o palco de diversos acontecimentos importantes na história de Lisboa. Por ela já passaram touradas, festivais, atos militares e até os autos-de-fé da Inquisição.
Após o terremoto de 1755, a Praça do Rossio foi reconstruída, passando a abrigar edifícios pombalinos onde hoje funcionam cafés e lojas.
A Praça do Rossio também é atualmente uma das praças mais animadas e movimentadas de Lisboa. Por aqui você verá muitos lisboetas se deslocando para os seus trabalhos, ou entrando e saindo da movimentada Estação do Rossio, que fica pertinho da Praça.
O que ver na Praça do Rossio
Na Praça do Rossio você verá o Café Nicola, um dos primeiros cafés de Lisboa. O Nicola foi um local de encontro de escritores, sendo considerado a segunda casa do poeta Bocage.
Embora o Café Nicola seja um local histórico, os preços são um pouco salgados quando comparados com a qualidade e o serviço. Se quiser saber onde comer perto da Praça do Rossio, uma dica é o restaurante da Casa do Alentejo – saiba mais aqui.
Outro ícone deste praça são as tradicionais floristas do Rossio, que ocupam o lado sul da Praça do Rossio.
No lado oposto, está o Teatro Nacional D. Maria II, inaugurado em 1846, com o nome da filha de D. Pedro. O interior do Teatro foi destruído por um incêndio em 1964, mas foi reconstruído anos depois.
Uma curiosidade é que no mesmo local onde está o Teatro já funcionou o Tribunal da Inquisição, que foi arruinado com o terremoto de 1755.
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A estátua de D. Pedro IV na Praça do Rossio
A grande estátua central, que dá o nome a Praça, foi inaugurada em 1870 e representa D. Pedro IV (conhecido também como D Pedro I, o primeiro imperador do Brasil independente).
Este monumento tem 27,5 metros! Na base do pedestal estão quatro figuras femininas simbolizando a Justiça, a Prudência, a Força e a Moderação, qualidades que são atribuídas a D. Pedro. No topo, D. Pedro está representado usando um uniforme de general, com os ombros cobertos pelo manto real e a cabeça coroada de louros.
Existe uma lenda urbana que diz que a estátua de D. Pedro foi feita inicialmente para homenagear o imperador Maximiliano do México.
Como o imperador mexicano foi fuzilado em 1867, a estátua teria sido reaproveitada para a revitalização da Praça do Rossio. Dizem que foi por esta razão que a estátua foi colocada numa coluna de mais de 27 metros, para que as diferenças não fossem notadas.
Esta ideia vem das semelhanças de D. Pedro com o imperador mexicano, mas a história não passa de um mito. Os escudos nos botões, o colar da Ordem Militar da Torre e da Espada e a Carta Constitucional, que D. Pedro traz na mão, provam que a estátua é mesmo de D. Pedro.
As duas fontes monumentais nas laterais da estátua representam figuras mitológicas e tem uma influência francesa. Elas foram acrescentadas a Praça do Rossio em 1889, substituindo dois poços que existiam no local.
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A tradicional calçada da Praça do Rossio
O famoso padrão de ondas do mar na calçada da Praça do Rossio é chamado de Mar Negro. Foi um dos primeiros desenhos deste tipo a decorar as calçadas de Lisboa, tendo sido feito em cubos de pedra branca e preta, cortados a mão.
A partir da criação desta calçada, a Baixa de Lisboa se transformou e muitas outras ruas receberam este tipo de trabalho, que você verá durante a sua visita pela cidade.
Hoje em dia, a calçada portuguesa é reconhecida internacionalmente e está presente no mundo todo. Sabia que foi esta calçada da Praça do Rossio que serviu de modelo para o famoso calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro?
Informações:
Como chegar: Metrô: Rossio (linha verde), Restauradores (linha azul).
Horário: 24 horas.
Perto daqui: Elevador de Santa Justa, Armazéns do Chiado, Estação Ferroviária do Rossio, Praça da Figueira, Praça dos Restauradores, Igreja de São Domingos.
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